ENTENDA O QUE É O TURFE

História do Turfe

O turfe, da forma em que é conhecido hoje, surgiu na Inglaterra, por volta do século XVII. Para as competições foram sendo selecionados cavalos com aptidão para corridas, incluindo animais trazidos do norte da África das raças Berbere e Árabe, que eram comprados ou tomados em batalhas. Cruzados com os melhores cavalos europeus, surgiu o Cavalo Puro Sangue Inglês de Corrida, que praticamente domina a atividade turfística.  Ao Brasil o esporte chegou em meados do século XIX

Hipódromos

Os Jockey Clubs desenvolvem sua corridas em locais denominados hipódromos. Os hipódromos organizados são constituídos por pistas de corridas, de areia ou grama, e pavilhões.

A pista pode ser em volta fechada (com curvas e retas), ou em traçado reto (cancha reta) A pista em circuito fechado em geral tem o perímetro ovalado, e menos frequentemente, tendendo a um triângulo com atenuação dos ângulos, com seu percurso medindo geralmente 2.000 metros.

Quanto as arquibancadas,, podem ser destinados ao público em geral (arquibancadas populares e especiais), aos sócios (arquibancada social) e aos profissionais do turfe (a arquibancada “paddock”).

Entidades de turfe no Brasil

A promoção de corridas de cavalos e venda de apostas em território brasileiro é regida por lei federal. As principais entidades de turfe no Brasil que organizam reuniões com periodicidade semanal, dentro de um calendário oficial, constituídas de vários páreos em que competem apenas eqüino da raça PURO SANGUE INGLES em hipódromos. Os principais Hipódromos do país são:

  • O Jockey Club Brasileiro – Hipódromo da Gávea no Rio de Janeiro
  • O Jockey Club de São Paulo – Hipódromo de Cidade Jardim em São Paulo
  • O Jockey Club do Paraná – Hipódromo do Tarumã em Curitiba.
  • O Jockey Club do Rio Grande do Sul – Hipódromo do Cristal em Porto Alegre

O programa turfístico

Cada corrida é chamada páreo. Uma reunião turfística é composta por vários páreos, com intervalos entre eles, quando são efetuadas as apostas. Os páreos, podem ser comuns, ou clássicos. Os comuns selecionam as inscrições por idade e número de vitórias dos animais. Os clássicos, são as principais provas, e entre eles, destacam-se os Grandes Prêmios, as provas máximas de cada entidade turfística, disputados com calendário tradicionalmente pré-definido.

As corridas

Os cavalos são montados por jóqueis, as corridas ocorrem na pista de grama ou pista de areia definidos na inscrição de cada animal.

As distâncias dos percursos variam nas competições, mas situam-se na maioria das vezes entre 1.000 metros, até 3.000 metros. As distâncias mais habitualmente percorridas são: 1000 metros para os cavalos mais velozes (sprinters); 1600 para os animais chamados milheiros (1609 metros=uma milha); e 2400 (milha e meia) para competidores mais resistentes (fundistas).

O cavalo de corrida atinge uma velocidade acima de 60 km/h.

A partida

A largada de uma corrida de cavalos é um dos momentos mais importantes, pela possibilidade de haver algum acidente ou prejuízo por retardo de algum animal. A responsabilidade da largada é de um executor, starter, que aciona o mecanismo que permite os cavalos progredirem na pista.

Embora, alguns filmes mostrem a largada com um tiro de pistola para cima, na largada tradicional é usado o “Box”(como é conhecido) ou o “Starting Gate”, nele cada cavalo tem seu espaço, com uma porta atrás e uma na frente, na hora da partida, os cavalos vão para dentro do “Box”, são fechadas as portas(da frente e de trás) e já pode ser dada a partida, na partida toda as portas são abertas simultaneamente e a corrida começa.

Geralmente os locutores falam “foi dada a partida!” logo após a largada.

Premiação aos vencedores

Cada páreo, à parte das apostas, tem uma premiação em dinheiro ao proprietário do vencedor até o quinto colocado. Além do proprietário, nos centros de corrida organizados, também recebe uma dotação em dinheiro o jóquei, criador e o treinador. Em páreos especiais e grandes prêmios, o proprietário do animal pode também, além do prêmio em dinheiro, receber um troféu.

Departamento veterinário

Exame veterinário

Imediatamente antes da prova os cavalos passam por revisão veterinária, são pesados e verificados sua temperatura corporal.

Exame anti-doping

Os cavalos são submetidos ao exame antidoping. Na maioria dos hipódromos o uso de furosemida e fenilbutazona (Butazolidina) , apenas são permitidas para animais com cinco anos ou mais idade.

Os exames anti dopping são realizados após a corrida. Na maioria dos hipódromos modernos são coletados material para exame anti dopping o Vencedor e , podendo haver sorteio de qualquer animal designado pela comissão de corridas do Hipódromo. .

Modalidades de apostas

Foi criado um Plano Geral de Apostas através de lei federal, mas cada entidade atende as suas particularidades.

Existem várias possibilidades de apostas,sendo as mais tradicionais:

  • Vencedor: também conhecida como ponta, é a aposta direta no cavalo vencedor.
  • Placê: vale se o cavalo apostado chegar em primeiro ou segundo lugar.
  • Dupla: o apostador deve selecionar dois animais, sendo que um deles deve chegar em primeiro e o outro em segundo lugar, independente da ordem.
  • Exata: também conhecida como dupla-exata, consiste em acertar o primeiro e o segundo colocados na ordem correta de chegada.
  • Trifeta: são os três primeiros colocados na ordem correta. Pode-se fazer apostas simples (um cavalo para primeiro, outro para segundo e mais um para terceiro) ou combinadas (quantas inversões quiser).
  • Quadrifeta: são os quatro primeiros colocados na ordem correta. Pode-se fazer apostas simples (um cavalo para primeiro, segundo, terceiro e quarto lugares) ou combinadas (quantas inversões quiser).

Pule ou poule é o nome popular do boleto (bilhete) de aposta.

Termos e informações do programa turfístico

Situações especiais e equipamentos autorizados nas corridas

  • Antolhos: Duas abas que impedem que o cavalo olhe para os lados durante a corrida. Utilizada em animais que tem dificuldade de manter o foco na corrida e por exemplo esperam um cavalo mas lento ou fazem manhas para ultrapassar um outro animal que esteja ao seu lado. Seu uso deve ser informado antes da inscrição.
  • Ferrageamento: Tipo de ferradura utilizada: alumínio, filete e ferro. Quando utilizarem agarradeiras (no Brasil, só é permitida nos posteriores) nas ferraduras para melhorar a aderência ao solo, devem ser informadas. Na grama o cavalo também pode correr desferrado, o que geralmente aumenta o seu rendimento, mas também pode comprometer os cascos do animal.
  • Forfaits: Cavalos retirados do páreo, com antecedência por decisão do proprietário ou no exame prévio à corrida, pelo veterinário.
  • Fenilbutazona (Butazolidina): antinflamatorio. Se o cavalo está utilizando em tratamento deve ser informada. Não é permitida na maioria dos hipódromos.
  • Furosemida: diurético, atua na prevenção da síndrome da hemorragia pulmonar induzida pelo exercício em cavalos de corrida, que se manifesta por epistaxe durante a corrida. Seu uso deve ser informado.
  • Roseta: Uma roda com pontas de um lado, que é presa ao bridão, usado em cavalos que tem dificuldade de correr em linha reta, ou de fazer a curva. Seu uso deve ser informado antes da corrida.
  • Arminho: Uma espécie de espuma colocada sobre o focinho do cavalo.Serve para cavalos que correm com cabeça baixa demais e ou se assustam com facilidade (poças de água, folhas, etc.) por olhar diretamente para o chao. Seu uso deve ser informado antes da corrida.

Outros termos do programa turfístico

  • Stud:, geralmente composta por um, dois ou mais sócios que detém a propriedade do animal. Mas a propriedade também pode ser individual, figurando o nome do proprietário ou propriamente seu Stud.
  • Haras: No programa haras se refere ao estabelecimento que criou o cavalo. O haras pode também ser o proprietário do animal (produto reservado, que não é colocado a venda).
  • Sindicato ou Condomínio: Na indústria do cavalo, um “Condomínio” geralmente se refere a um grupo de pessoas que se reúnem para comprar ou arrendar um cavalo. Existem vários tipos de sindicatos, mas o princípio básico é que as pessoas que compram o negócio tornam-se co-proprietários de participações fracionárias em um cavalo de corrida. O objetivo principal é compartilhar o custo de compra ou arrendamento, bem como os custos contínuos necessários para manter o cavalo em treinamento.

O ciclo do turfe

Inicia com a criação de cavalos de corrida em estabelecimentos rurais, centros criatórios denominados HARAS. O primeiro passo é a escolha dos reprodutores e elaboração dos cruzamentos por estudos genéticos. No haras se processam a gestação e desenvolvimento do potro, até que esteja em idade em ir aos leilões, passando a novo proprietário, ou sendo reservado pelo seu criador.

O destino seguinte é a vila hípica dos hipódromos, onde o potro, depois de domado, recebe o que detém a infra-estrutura física e treinamento final e adaptação as exigências das competições. É abrigado em uma cocheira sob a responsabilidade de um treinador, de pessoal de apoio (ferreiros, escovadores, veterinários, tosadores, fornecedores de ração) para o preparo do animal. Na preparação final, é montado por um jóquei ou redeador que o exercita diariamente. Então vêm as competições, nas quais disputam dotações e fama.

puro sangue inglês corre a partir dos dois anos de idade até 6, 7 ou, excepcionalmente, até dez anos. O animal pesa entre 380 a 550 quilos, porém os bons corredores, excluídas as exceções, não são nem muito pequenos nem muito avantajados em tamanho. Em corrida o cavalo carrega entre 50 a 60 quilos correspondentes ao peso do jóquei e arreamento (sela/selim).

Os cavalos (machos) bem sucedidos nas pistas, após o encerramento de sua atividade como corredor podem ser levados para serem reprodutores (garanhões). Entre as éguas, a seleção por aptidão é menos rígida e a maioria é destinada à reprodução após as pistas.

Nos hipódromos, nos dias de corrida, podem-se efetuar apostas, por pessoas não envolvidos com a criação, propriedade ou preparo do animal.

Os hipódromos têm uma estrutura administrativa, que mantém a regulamentação do esporte e estão vinculados às respectivas normas das entidades turfísticas (Jockey Clubs) e ao Ministério da Agricultura.

A atividade além de esporte e diversão tem relevância como atividade econômica e social, pelo elevado número de pessoas envolvidas, gerando incontáveis empregos diretos e indiretos.

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